03 dezembro 2014

Como lidar?



Falta pouco pra eu saber o resultado da minha última prova do primeiro período do meu novo curso, numa nova universidade, numa nova cidade. Meus últimos quatro meses foram de muitas descobertas e, principalmente, muito aprendizado. As lágrimas ainda escorrem quando me lembro das coisas e das pessoas que tive de deixar pra trás para poder seguir um sonho bem antigo. Ainda me sinto um tanto egoísta por fazer meus pais sofrerem de preocupação enquanto estou longe de casa, tudo por uma vontade minha. Ainda me pego refletindo em qual foi o momento em que resolvi cancelar a matrícula na antiga universidade, dar tchau para a minha família e para os meus amigos. Fico voltando no tempo tentando lembrar esse momento, quanto tempo faz, né... É que na verdade eu nunca fui uma pessoa muito forte para dizer “adeus”, nunca lidei bem com despedidas, nem pra ir na casa da vovó e voltar no dia seguinte. Fico voltando no tempo tentando encontrar o momento em que isso mudou e por que não, o momento em que me tornei tão corajosa. Durante esses quatro meses me peguei pensando e olha, realmente o tempo passa e continua passando. "O tempo passa" parece uma declaração tão simples e vazia se deixamos de refletir no quanto isso significa. Significa inclusive que em algum momento da minha vida o tempo passou, eu deixei de ter medo e dei uma chance para os meus sonhos, apesar de ainda ter uma certa resistência - bem íntima - em compreender que isso não significa abandonar nada e nem ninguém. E eu preciso aprender a lidar com isso, pois parece que o tal futuro chegou. E ele chegou recheado de tudo o que eu aprendi e vivi com todas essas pessoas (que eu não abandonei). Estou numa cidade nova, com pessoas novas, numa universidade nova, num curso novo e isto é absurdamente maravilhoso. Faltam dez dias para eu voltar para casa depois de quatro meses longe da família - não vejo a hora - mas preciso dizer que foram quatro meses lindos. Feliz ou infelizmente esse é o ciclo da vida e eu só posso concluir que tudo contribui para o aprendizado que é viver. E mais, mudar é bom, olha... é muito bom! A saudade sempre vai insistir, e isto é melhor ainda, é sinal de que tudo o que passou foi realmente importante. 

O tempo passa e tudo depende de como você lida com isso.

12 setembro 2014

Petrópolis - Museu Imperial


Para comemorar o 7 de Setembro, nada mais sugestivo que visitar Petrópolis, a Cidade Imperial. E mais, conhecer o Museu Imperial. (Ok, eu sei que hoje já são 12 de Setembro, mas é que só agora pude publicar)

Resumidamente, o prédio foi construído oriundo da renda pessoal do imperador e conta uma luxuosidade extrema, como pisos de mármore preto originário da Bélgica e assoalhos em madeiras de lei, como jacarandá e pau-cetim. O museu trata-se da residência de verão preferida de D. Pedro II, herança herdada de seu pai, D. Pedro I. E para que fosse construída a residência onde funciona atualmente o Museu Imperial, D. Pedro II teve de assinar um decreto, criando assim a cidade de Petrópolis. 

Com a Proclamação da República, houve o banimento da família imperial, que se exilou na Europa. E a querida Princesa Isabel, como única herdeira, alugou o prédio para um educandário. Neste, havia um aluno muito apaixonado por história que sonhava com a transformação do colégio em um museu histórico. Então, Getúlio Vargas criou um Decreto-Lei e o palácio transformou-se em Museu Imperial. Ao longo dos anos muitos documentos e objetos foram acumulados e hoje totaliza um acervo de quase 300 mil itens. 

Enfim, conhecer Petrópolis e o Museu Imperial foi a realização de um sonho bem antigo. Quem me conhece sabe da minha paixão pela história do Brasil e, principalmente pelo Brasil Império.  A cidade é linda, limpa e organizada, um verdadeiro colírio aos olhos. E o Museu? Ah, o Museu <3 Infelizmente, dentro do Palácio não podia tirar foto. Não me deixaram registrar nem o momento em que eu fui entrar com as pantufas especiais. Sim, a gente precisa calçar pantufas a fim de preservar os assoalhos de mármore de Carrara e belgo, além das madeiras nobres. Mas eu procurei no Google, e aqui oh, são assim: 


É claro que cada passo que eu dava era um click, foram mais de 300 fotos (juro! e olha que não podia fotografar dentro do palácio). Sendo assim, selecionei algumas:
Lateral do Palácio
Vista panorâmica do Palácio
Carruagem imperial (após restauração)
Locomotiva e vagão que trafegavam na estrada de ferro da Serra de Petrópolis, inaugurada em 19 de fevereiro de 1883, pelo Imperador D. Pedro II.

E turistando pela cidade, visitei a Catedral de Petrópolis dedicada a São Pedro de Alcântara, padroeiro da cidade e da Monarquia Brasileira. 
Uma capela localizada logo na entrada, é o maior atrativo histórico da catedral. Há um sarcófago com restos do Imperador D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina. As janelas da capela tem vitrais coloridos com poemas escritos pelo próprio Imperador durante seu exílio. Já os túmulos da Princesa Isabel e seu marido, o Conde D'Eu, foram esculpidos. Vejam:

Altar da Catedral

Confesso que quase que eu ficava por Petrópolis mesmo. A cidade é linda, o museu é perfeito. Não poupei comentários, muito menos animação em cada compartimento que entrava naquele palácio. Sem dúvidas, esse passeio já foi incluso na lista dos melhores.

11 setembro 2014

Desabafo



Após uma discussão com um grupo da minha turma sobre a deficiência e as políticas de Assistência Estudantil, ouvi algumas coisas no mínimo preocupantes. Apesar de ter minhas convicções quanto à omissão do governo federal e a má administração relacionada as universidades do Brasil, me permiti alguns questionamentos levando em consideração alguns comentários com os quais fiquei inquieta. 

Primeiro, na Universidade existem processos seletivos para obtenção de bolsas-auxílio levando em conta alunos com vulnerabilidade socioeconômica. Em contrapartida, há alguns casos de fraudes nesse processo. Por exemplo, pessoas que têm alto poder aquisitivo omitem ou até mentem sua condição social e conseguem acesso àquele benefício e, assim, quem realmente precisa fica de fora. Esses – que realmente precisam – têm sua permanência na Universidade ameaçada. Inclusive, há diversos casos de alunos que dormiram no campus pois não tinham o dinheiro da passagem de voltar pra casa e, no pior dos casos, tiveram de abandonar a graduação. Ok!

A pergunta é, será que o fato de existir quem burle o sistema deve prevalecer sobre àqueles que realmente precisam, ao ponto de a administração alegar que estará cortando alguns benefícios devido à essa fraude? Será que eu devo desistir de combater essa realidade, seja porque não há eficácia na fiscalização do processo ou porque o jeitinho brasileiro sempre vai predominar? E mais, será que eu devo chegar ao ponto de ser determinista e me culpar também por esse jeitinho, afirmando que “o governo tem culpa, mas não é só ele”?

O que eu acho mesmo, no caso das fraudes, é que uma coisa não anula a outra. A administração não pode J-A-M-A-I-S ter esses casos como argumento a fim de reduzir o orçamento do Plano de Assistência Estudantil, culminando na contração da oferta de bolsas estudantis. Sem contar que nem sempre essas pessoas passam pelo processo seletivo, são apenas apadrinhadas por estarem rente, de braço dado com uma reitoria/governo que prefere seduzir essas pessoas (poucas) com benefícios, a fim de não ser contrariado. E isso, por mais difícil que seja, não deve me fazer desistir de ir ao combate, de lutar por fiscalização e mais políticas justas, beneficiadoras da coletividade, não apenas de uma minoria.

Para concluir, N-Ã-O! Eu não me culpo. Eu não me culpo porque sou eu quem enfrento transporte público superlotado, sou eu quem enfrento a Universidade sucateada sem a estrutura básica mínima possível. Sou eu quem sou bombardeada todos os dias, sofrendo consequências de políticas imediatistas e mal planejadas. É o trabalhador que sai de casa ainda na madrugada para buscar o sustento da família. É o professor que é humilhado diante de salários injustos e sem condições mínimas de trabalho nas escolas e universidades. Então, NÃO. Não, porque o orçamento que era pra ser nosso tá na mão de banqueiros e grandes empresários com o propósito de sanar dívidas e manter alianças. NÃO!

Ao som de Tempo Perdido - Legião Urbana. 
Só queria desabafar.

06 setembro 2014

Resumo da Semana


Resisti mais essa semana, ufa!
Cada dia a mais é um dia a menos para estar com a minha família e meus amigos.

Enfim, essa semana, como eu disse aqui teve a Calourada RI 2014.2. Acontece em cada semestre e é uma semana de boas vindas aos calouros e abrange vários temas na área de Relações Internacionais e o quê essa formação pode te proporcionar no âmbito profissional e acadêmico. Foram cinco dias de palestras ministradas por profissionais da área que abordaram a amplitude do mercado para os Internacionalistas. Os palestrantes compartilharam suas experiências. Tivemos diplomatas, embaixadores, programas de intercâmbio, enfim... Valeu muito à pena ter participado.
Para que vocês fiquem mais inteirados, segue a imagem da programação:


No intervalo entre as palestras e as minhas aulas, fui ao shopping. (Pasmem, tem um shopping atrás da Universidade, vejam se não é obra maligna do capitalismo). Fui visitar a loja da Sephora no Shopping RioSul, em Botafogo. É claro que eu "me lancei" nas maquiagens. E eu estava lá, empolgada e comecei a tirar umas fotos pra postar aqui no blog e logo a vendedora me interrompeu. Isso, não pode tirar fotos dos produtos nem no ambiente da loja. Mas como eu já havia tirado algumas, segue as imagens:

 Vejam todos esses batons, não é muito amor envolvido?
 Gloss, base, pó-compacto e máscara para cílios.
E esses pincéis? Ah, amor maior.

Indo ao que interessa: os preços. Os produtos da Sephora têm valor bem mais acessível que MAC, NARS, DIOR, enfim. Lembrando que a loja oferece produtos de v-á-r-i-a-s marcas! 
Vale à pena ir lá e conferir.

É isso, galerinha. 
Essa semana começo estudar para as primeiras provas, tanto na graduação, quanto no Inglês. 
Até breve!

01 setembro 2014

Meus looks

Não, eu não esqueci do post da semana!
Dediquei o final de semana para colocar em dia algumas - muitas - leituras. Sem passeio, sem festinha.
Como não há muito o que contar, resolvi trazer umas fotos de alguns looks que tenho usado por aqui, nos dias frios e nos dias típicos cariocas. Se bem que, desde que cheguei, ainda não vivi um dia típico carioca, o Rio40º. Estamos há mais ou menos duas/três semanas para o final do inverno, então a temperatura tem oscilado bastante.

Segue os clicks:
A combinação da esquerda foi no meu primeiro dia de aula. Respondendo as perguntas que todos fizeram mentalmente sobre o óculos escuro "ué, mas vc não estuda à noite?" Sim. Mas saio de casa na parte da tarde ainda e, quando o sol aparece, não suporto a claridade devido a um probleminha visual. Já no look da direita (eu tinha acabado de chegar no Rio) foi numa noite super descolada com a família.

Para dias frios. Na foto da esquerda não deu de aparecer, mas eu estava usando um sapatênis que, inclusive, estou amando combinar looks com ele. Nesta outra, um modelo Rio15º, bota e duas blusas. 
Esse aqui é especial. Percebam que esse meu shorts é coringa <3. E esses são apenas alguns dos looks que tenho montado com ele. Vejam aí também o tal sapatênis que mencionei ali em cima, sempre aposto nele. A combinação da esquerda e a inferior da direita, foi para ir à faculdade. Já a combinação superior da direita, usei pra ir na feira hippie, lembram? 

É isso, galerê!
Espero que tenham gostado. Agora tenho que ir. Hoje começa a Calourada de RI e olha, não pensem em álcool e funk. É uma calourada diferente onde teremos durante toda a semana, palestras e rodas de conversa sobre a área de atuação do profissional formado nesse curso. Bom, né? <3 

24 agosto 2014

Feira Hippie de Ipanema

Hoje dei uma escapadinha do meu mundo de livros e fui até a Feira Hippie de Ipanema.
A feira é uma imensa galeria de arte e artesanato, ao ar livre. Funciona desde 1968 (sem interrupções) todos os domingos das 7:00h às 19:00h. Localizada na Praça General Osório em Ipanema.

Apesar de apreciar esse tipo de trabalho, achei meio "carinho". Mas lá eu encontrei de tudo, desde sandálias a acessórios, bijus, etc. Dá pra sair com um look completo!

Aproveitei a ida até a Zona Sul para encontrar alguns amigos do meu Estado que estavam aqui curtindo férias. Foi divertido, apesar do pouco tempo que passamos juntos.

Segue as fotos do que eu mais gostei e do que deu pra tirar foto:

 Sobre as pulseirinhas, sou suspeita pra falar. Eu simplesmente amodoro!

 E o Cristo <3

Até breve!

23 agosto 2014

Ninguém disse que seria fácil

"Acabou a diversão"
Foi com essa frase que conclui o último post e, com a mesma iniciarei este.
Relações Internacionais, como todas as humanidades, requer do graduando muito tempo, paciência, organização e uma ampla interação com os livros e notícias, a fim de te manter em constante aprendizado.

Ok. Eu só não sabia era que essa "ampla interação" seria tão intensa. Nesse primeiro período, tenho na minha grade quatro disciplinas, e pasmem: em duas semanas de aula tive que ler 16 textos de, no mínimo 35 páginas cada. Alguns professores separaram por capítulos, outros -aqueles melhores, sabe?- passaram ainda livros inteiros.

Desde ontem tento atualizar as leituras para não acumular conteúdo e, graças a Deus, tenho tido sucesso. Concluí os textos de Economia ontem e hoje os de Introdução ao Estudo das RIs. Durante a madrugada continuo com Ciência Política e Introdução ao Direito. Estou compartilhando isso para justificar a minha ausência nesses dias.

 Segue minha "mini" agenda com meus super compromissos. Destaque para a Calourada do DCE UFRJ, a mais interessante e produtiva que já vi. Será um debate com o tema "A UFRJ Além de Seus Muros: Desafios para uma Universidade Popular" no Teatro de Arena. Evento e local perfeitos.

                   Alguns dos textos que tive que ler de ontem pra hoje. #dedicação #esforço sempre. 

Durante a semana participei de alguns eventos especiais. O primeiro foi uma palestra com o Ministro das Relações Exteriores da República da Estônia. O tema era "O Futuro da União Europeia". O Sr. Ministro estava vindo de Brasília que ficou marcado pela inauguração da Embaixada da Estônia na Capital Brasileira.  Por último (não menos importante), estive num Coletivo de Mulheres. Uma roda de conversa, lá na universidade mesmo. Foi um momento de apresentação do Coletivo e suas formas de atuação. Foi lindo de ver tanta mulher empoderada! 

 E claro, o miojo não poderia ficar de fora dessa minha vida de universitária e longe de casa. Super aprovo esses instantâneos.

Até a próxima! 

17 agosto 2014

Primeira semana de RI/UFRJ

Boa noite!
Sobre a primeira semana de aula: RESISTI.

E foi como eu esperava, sem muitas apresentações, os professores foram direto ao que interessa: conteúdo! (haja conteúdo). Apesar de ter apenas (?) quatro disciplinas nesse primeiro semestre, está sendo bem puxado -e olha que foi a primeira semana- porque são assuntos bem específicos e imprescindíveis para o curso. Estou gostando, tipo amando <3 RI é uma graduação intensamente multidisciplinar. É um mundo de descobertas!

Mas, paralelo à tantos afazeres, tivemos a Semana do Calouro -vulgo trote- e na última quinta-feira, surpreendentemente, todos os veteranos do curso de RI (sabe todas as turmas do curso?) invadiram a nossa turma de calouros e nos levaram ao DCE da UFRJ, para realizar um tipo de "interação" entre calouros e veteranos. Teve de tudo, de apresentações à desfile e entrega de faixas. Tudo muito respeitoso <3

No final da semana, me diverti bastante com meus primos cariocas. Fizemos vários passeios e eu agradeço muito pela receptividade e apoio que tenho recebido da minha família carioca.

Enfim, acabou o final de semana. Acabou a diversão! Agora é partir pro abraço e me lançar nas RIs.

Essas são as meninas da minha turma. Axxx calooora tudo linda! 
                                  E essa é a Luana, minha prima linda representando a família!

10 agosto 2014

Escolhas

Sempre quis ir além do que me é imposto. Sempre preferi coisas -situações, problemas mais difíceis, pois só assim saberia até aonde conseguiria ir.

Entretanto, nenhum desses momentos podem ser comparados com o que tenho vivido desde o dia 21 de Julho de 2014. O dia em que eu tive que despedir da minha família. Não era um "tchau" qualquer. Não era uma viagem que eu voltaria dali há duas semanas. Eu estava saindo de casa. É. Eu até imaginei, por algumas vezes, como seria o dia em que sairia de casa, mas, nenhum desses pensamentos puderam presumir o que é, de fato, sair de casa. Na minha imaginação não dava pra ver os olhos do meu pai -que lá no fundo pedia pra eu ficar- mas que, no seu infinito amor e apoio, me desembarcava desejando um futuro brilhante. Na minha imaginação não dava pra sentir e nem ouvir as batidas do coração da minha mãe, que ao me envolver em seu abraço, mesmo que chorando, me encorajava e desejava que eu ficasse bem na nova caminhada.

Sou de família grande, sou daquelas que pede a benção e vai todos os dias na casa dos avós. Deixar um tchau à TUDO isso me fez perceber que consigo ir bem mais além. 
Nunca deixei de sonhar, talvez seja esse o motivo pelo qual devo preferir situações difíceis. Sonhar é difícil, realizá-los, o dobro mais. Mas eu gosto! Gosto de sentir a superação. Gosto de chorar hoje e amanhã conseguir sorrir. E assim vou levando a vida, superando um dia e depois o outro.