Sempre quis ir além do que me é imposto. Sempre preferi coisas -situações, problemas mais difíceis, pois só assim saberia até aonde conseguiria ir.
Entretanto, nenhum desses momentos podem ser comparados com o que tenho vivido desde o dia 21 de Julho de 2014. O dia em que eu tive que despedir da minha família. Não era um "tchau" qualquer. Não era uma viagem que eu voltaria dali há duas semanas. Eu estava saindo de casa. É. Eu até imaginei, por algumas vezes, como seria o dia em que sairia de casa, mas, nenhum desses pensamentos puderam presumir o que é, de fato, sair de casa. Na minha imaginação não dava pra ver os olhos do meu pai -que lá no fundo pedia pra eu ficar- mas que, no seu infinito amor e apoio, me desembarcava desejando um futuro brilhante. Na minha imaginação não dava pra sentir e nem ouvir as batidas do coração da minha mãe, que ao me envolver em seu abraço, mesmo que chorando, me encorajava e desejava que eu ficasse bem na nova caminhada.
Sou de família grande, sou daquelas que pede a benção e vai todos os dias na casa dos avós. Deixar um tchau à TUDO isso me fez perceber que consigo ir bem mais além.
Nunca deixei de sonhar, talvez seja esse o motivo pelo qual devo preferir situações difíceis. Sonhar é difícil, realizá-los, o dobro mais. Mas eu gosto! Gosto de sentir a superação. Gosto de chorar hoje e amanhã conseguir sorrir. E assim vou levando a vida, superando um dia e depois o outro.
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